Este artigo analisou a Filosofia Crítica Kantiana (especialmente sua filosofia da ciência) e, partindo dela, construiu um quadro filosófico com as características que a Geografia deve apresentar para ser considerada uma ciência em sentido restrito (tanto genuína quanto imprópria) conforme os critérios de Kant. O resultado ao qual se chegou foi de que a Geografia deve: I) possuir uma parte pura (uma Metafísica da Geografia); II) utilizar-se da Matemática; III) encontrar leis empíricas que expliquem a dinâmica da paisagem (aqui tomada como seu objeto de estudo). Tal exercício filosófico exigiu que se abstraísse, neste momento, a questão a respeito da pertinência da Filosofia Crítica Kantiana no contexto da atualidade (tanto diante da evolução da Filosofia e das ciências em geral, como especificamente diante dos objetivos da Geografia contemporânea). Não obstante, o quadro filosófico aqui construído abre o caminho para uma futura resposta dessa importante questão metodologicamente abstraída.
This article analyzed the Kant’s Critical Philosophy (especially his philosophy of science) and, based on it, built a philosophical framework with the characteristics that Geography must present in order to be considered a science in a restricted sense (both genuine and improper). The result achieved was that Geography must: I) possess a pure part (a Metaphysics of Geography); II) use Mathematics; III) find empirical laws which explain the dynamics of the landscape (here taken as its object of study). Such a philosophical exercise demanded the issue of the relevance of Kantian critical philosophy in today’s context to be abstracted (both in view of the evolution of philosophy and sciences in general, and specifically in view of the objectives of contemporary Geography). Nevertheless, the philosophical framework built here opens the way for a future answer to this important methodologically abstracted question.