A GEOGRAFIA DO NOVO ESPAÇO PÚBLICO BRASILEIRO: (DES)ARTICULAÇÃO SOCIAL A PARTIR DO CIBERESPAÇO

Revista Geotemas

Endereço:
Rodovia BR-405, km 03 - Departamento de Geografia - Arizona
Pau dos Ferros / RN
59900-000
Site: http://periodicos.apps.uern.br/index.php/GEOTemas/index
Telefone: (84) 9414-2227
ISSN: 2236-255X
Editor Chefe: Josué Alencar Bezerra
Início Publicação: 01/06/2011
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Geociências, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: Planejamento urbano e regional

A GEOGRAFIA DO NOVO ESPAÇO PÚBLICO BRASILEIRO: (DES)ARTICULAÇÃO SOCIAL A PARTIR DO CIBERESPAÇO

Ano: 2021 | Volume: 11 | Número: Não se aplica
Autores: Maximillian Ferreira Clarindo, Bárbara Cristina Kruse
Autor Correspondente: Maximillian Ferreira Clarindo | [email protected]

Palavras-chave: Ciberespaço, Espaço público brasileiro, (Des)articulação social

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem por objetivo analisar a formação/estruturação/consolidação do novo espaço público brasileiro a partir da dialética envolvendo o ciberespaço e o espaço físico. Para tanto, com a adoção do método dialético discute-se o fenômeno desde alguns fatos sociais recentes da história do país, iniciando-se com as jornadas de junho/2013, passando pelo impeachment que destituiu a Presidenta da República em 2016, pelo pleito eleitoral de 2018, pela pandemia da COVID-19 e, mais recentemente, pela anulação dos processos envolvendo o ex-presidente Lula. São fatos considerados pontos de inflexão na vida social, cultural, política e econômica do país por alterarem, em sentido lato, a forma como a sociedade brasileira se relaciona. Percebe-se que as redes sociais virtuais formam uma nova espacialidade no país, tecida pelos fluxos informacionais da modernidade, com reflexo direto nas ruas, formando espaços de coesão lá e cá, por intermédio de pensamentos e ideologias. Assim, este artigo analisa esta que parece ser a forma mais contemporânea de apropriação do espaço. Para tanto, fala-se do processo cognitivo e sensorial envolvente na construção destas espacialidades assentes no ciberespaço, bem assim, das formas pelas quais estas (des)articulam o agrupamento de congêneres (ideias e pessoas) e (re)organizam a vida em sociedade. Percebe-se que o novo espaço público brasileiro carrega consigo algumas características de sua gênese, isto é, segue com forte inclinação à ideologia política conservadora. Outrossim, ele reflete uma nova forma de colonialismo em marcha, que encerra em si discretas formas de dominação e de segregação socioespacial no Sul Global.



Resumo Inglês:

THE GEOGRAPHY OF THE NEW BRAZILIAN PUBLIC SPACE: SOCIAL (DIS)ARTICULATION FROM CYBER SPACE

This article aims to analyze the formation/structuring/consolidation of the new Brazilian public space from the dialectic involving cyberspace and physical space. Then, through the dialectical method, the phenomenon is conceptually discussed from some recent social facts in the country's history, starting with the June/2013 marches, going through the impeachment that dismissed the President of the Republic in 2016, for the election in 2018, for the COVID-19 pandemic and, more recently, due to the annulment of the processes involving former President Lula. These are facts considered as turning points in the country's social, cultural, political and economic life, as they change, in a broad sense, the way Brazilian society relates. It is noticed that virtual social networks form a new spatiality in the country, woven by the informational flows of modernity, with direct reflection in the streets, forming spaces of cohesion here and there, through thoughts and ideologies. Thus, this article analyzes what appears to be the most contemporary form of appropriation of space. Therefore, we talk about the cognitive and sensory process involved in the construction of these spatialities based on cyberspace, as well as the ways in which they (dis) articulate the grouping of congeners (ideas and people) and (re) organize life in society. It is noticed that the new Brazilian public space carries with it some characteristics of its genesis, that is, it follows with a strong inclination towards conservative political ideology. Furthermore, it reflects a new form of colonialism on the march, which contains discrete forms of domination and socio-spatial segregation in the Global South.



Resumo Espanhol:

LA GEOGRAFÍA DEL NUEVO ESPACIO PÚBLICO BRASILEÑO: (DES)ARTICULACIÓN SOCIAL DESDE EL CIBERESPACIO

Este artículo tiene como objetivo analizar la formación / estructuración / consolidación del nuevo espacio público brasileño desde la dialéctica entre el ciberespacio y el espacio físico. Por ello, con la adopción del método dialéctico, se discute el fenómeno a partir de algunos hechos sociales recientes de la historia del país, comenzando con los días de junio / 2013, pasando por el juicio político que destituyó al Presidente de la República en 2016, para las elecciones de 2018, por la pandemia de COVID-19 y, más recientemente, por la anulación de los procesos que involucraban al expresidente Lula. Estos son hechos considerados como puntos de inflexión en la vida social, cultural, política y económica del país, ya que cambian, en un sentido amplio, la forma de relacionarse de la sociedad brasileña. Se advierte que las redes sociales virtuales configuran una nueva espacialidad en el país, tejida por los flujos informativos de la modernidad, con reflejo directo en las calles, formando espacios de cohesión aquí y allá, a través de pensamientos e ideologías. Así, este artículo analiza lo que parece ser la forma más contemporánea de apropiación del espacio. Por tanto, hablamos del proceso cognitivo y sensorial involucrado en la construcción de estas espacialidades basadas en el ciberespacio, así como de las formas en las que (des) articulan la agrupación de congéneres (ideas y personas) y (re) organizan la vida en sociedad. Se advierte que el nuevo espacio público brasileño lleva consigo algunas características de su génesis, es decir, sigue con una fuerte inclinación hacia la ideología política conservadora. Además, refleja una nueva forma de colonialismo en marcha, que contiene formas discretas de dominación y segregación socioespacial en el Sur Global.