A Geografia dos Movimentos Sociais em tempos de Globalização: o MST e o Zapatismo

REVISTA NERA

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ISSN: 1806-6755
Editor Chefe: Eduardo Paulon Girardi
Início Publicação: 30/06/1998
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

A Geografia dos Movimentos Sociais em tempos de Globalização: o MST e o Zapatismo

Ano: 2007 | Volume: 0 | Número: 11
Autores: M. C. L. SIMONETTI
Autor Correspondente: M. C. L. SIMONETTI | [email protected]

Palavras-chave: movimentos sociais; MST; Zapatismo; globalização; comunicação; resistência.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste texto comparo dois movimentos sociais que nascem em contextos históricos e
culturais específicos, que utilizam a mídia e a Internet para dar visibilidade a sua luta e que
se opõem ‘a nova ordem mundial: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
no Brasil, e o Exercito Zapatista de Libertação Nacional (EZLN ou Zapatismo) no México.
Parte do sucesso do Zapatismo e do MST deve-se a suas ações relacionadas às estratégias
de comunicação. Ambos utilizam-se da mídia e da Internet para dar visibilidade as suas
lutas, divulgá-la para o mundo, bem como buscar apoio nos momentos críticos de suas
lutas. A capacidade desses movimentos se comunicarem com o mundo bem como com as
sociedades Mexicana e Brasileira, acabou lançando grupos constituídos por populações
tradicionais, que possuem lutas localizadas territorialmente, como protagonistas importantes
da política mundial a partir de meados dos anos 90 do século XX. A globalização,
caracterizada, sobretudo pelo sistema de informação, definido pelas redes de riqueza e
poder, possibilitaram a emergência de movimentos sociais, cuja base é composta de
camponeses, indígenas e trabalhadores urbanos, subempregados ou desempregados,
como àqueles que com suas práticas de resistência e luta pela terra, contestam tanto suas
situações de carência e exclusão, quanto à lógica inerente a nova ordem mundial.