A Geografia dos Movimentos Sociais em tempos de Globalização: o MST e o Zapatismo
REVISTA NERA
A Geografia dos Movimentos Sociais em tempos de Globalização: o MST e o Zapatismo
Autor Correspondente: M. C. L. SIMONETTI | [email protected]
Palavras-chave: movimentos sociais; MST; Zapatismo; globalização; comunicação; resistência.
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Resumo Português:
Neste texto comparo dois movimentos sociais que nascem em contextos históricos e
culturais especÃficos, que utilizam a mÃdia e a Internet para dar visibilidade a sua luta e que
se opõem ‘a nova ordem mundial: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
no Brasil, e o Exercito Zapatista de Libertação Nacional (EZLN ou Zapatismo) no México.
Parte do sucesso do Zapatismo e do MST deve-se a suas ações relacionadas às estratégias
de comunicação. Ambos utilizam-se da mÃdia e da Internet para dar visibilidade as suas
lutas, divulgá-la para o mundo, bem como buscar apoio nos momentos crÃticos de suas
lutas. A capacidade desses movimentos se comunicarem com o mundo bem como com as
sociedades Mexicana e Brasileira, acabou lançando grupos constituÃdos por populações
tradicionais, que possuem lutas localizadas territorialmente, como protagonistas importantes
da polÃtica mundial a partir de meados dos anos 90 do século XX. A globalização,
caracterizada, sobretudo pelo sistema de informação, definido pelas redes de riqueza e
poder, possibilitaram a emergência de movimentos sociais, cuja base é composta de
camponeses, indÃgenas e trabalhadores urbanos, subempregados ou desempregados,
como àqueles que com suas práticas de resistência e luta pela terra, contestam tanto suas
situações de carência e exclusão, quanto à lógica inerente a nova ordem mundial.