A Geografia escolar desempenha papel essencial na formação de sujeitos críticos, conscientes das dinâmicas socioespaciais que estruturam o território brasileiro. O presente artigo tem como objetivo analisar de que forma o ensino de Geografia pode contribuir para a compreensão das desigualdades socioespaciais no Brasil, promovendo a leitura crítica do espaço e a desnaturalização de narrativas que legitimam exclusões históricas. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa, de cunho teórico--bibliográfico, fundamentando-se em autores como Milton Santos, Helena Callai, Sonia Castellar, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, entre outros. A análise foi organizada em três eixos: o desenvolvi-mento do pensamento espacial crítico; a caracterização das desigualdades socioespaciais no Brasil; e o enfrentamento das representações naturalizadas dessas desigualdades no contexto escolar. Os resultados indicam que a Geografia, ao ser ensinada a partir de uma perspectiva crítica, torna-se ferramenta formativa potente, capaz de evidenciar as contradições espaciais, ampliar o repertório analítico dos estudantes e estimular a construção de projetos de intervenção territorial. Conclui-se que o ensino geográfico, quando ancorado em práticas investigativas, dialógicas e contextualizadas, fortalece a consciência cidadã e contribui para a consolidação de uma educação voltada à justiça territorial e ao reconhecimento das diversidades. A valorização do espaço vivido e a problematização das desigualdades transformam a Geografia em instrumento pedagógico estratégico para a