A GEOGRAFIA ESCOLAR NO CONTEXTO DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO: UMA ANÁLISE PARA ALÉM DO LUGAR

Geosaberes

Endereço:
Campus do Pici - Departamento de Geografia - Pici
Fortaleza / CE
60440-900
Site: http://www.geosaberes.ufc.br
Telefone: (85) 3366-9855
ISSN: 2178-0463
Editor Chefe: Fábio de Oliveira Matos
Início Publicação: 01/01/2010
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Geografia

A GEOGRAFIA ESCOLAR NO CONTEXTO DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO: UMA ANÁLISE PARA ALÉM DO LUGAR

Ano: 2018 | Volume: 10 | Número: 20
Autores: Maciel Pereira da Silva
Autor Correspondente: Maciel Pereira da Silva | [email protected]

Palavras-chave: geografia escolar, pensamento crítico,reforma do ensino médio

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O propósito, neste trabalho, é fazer uma análise das consequências para o processo formativo dos estudantes secundaristas, bem como dos prejuízos para o projeto da Geografia Escolar, advindos da desobrigação do ensino de Geografia em todas as séries da etapa final da educação básica, conforme propõe a Lei nº 13.415/2017, que reformula o ensino médio no Brasil. Para tanto, nos empenhamos em compreender a reforma do ensino médio no âmbito da categoria totalidade (SANTOS, 2006). A metodologia aplicada se baseou em pesquisa bibliográfica. Concluímos, a partir dos estudos realizados, que a desobrigação do ensino de Geografia contribuirá para a formação de jovens com menor capacidade de compreensão crítica da realidade social. Certamente, em função da acriticidade juvenil, será produzido, neste país, um cenário ideal para a submissão humana à racionalidade técnica, bem como para a expansão do capital rentista (informação verbal)1. Em relação ao projeto da Geografia Escolar, que tem como meta contribuir para o desenvolvimento do pensamento espacial dos estudantes, com ênfase à sua autonomia para pensar e agir sobre o mundo, esta reforma se traduz em um golpe. Este campo do saber deixará de ser obrigatório na etapa final da educação básica, quando os estudantes, em função da idade mais avançada, possuem maior maturidade para a compreensão da proposta central desta ciência.

Resumo Inglês:

The purpose, in this work, is to make an analysis of the consequences for the formative process of secondary students,as well as the damage to the School Geography project, resulting from the release of Geography teaching in all grades of the final stage of basic education, as proposed by Law 13.415 / 2017, which reformulates secondary education in Brazil. Therefore, we strive to understand the reform of secondary education within the totality category (SANTOS, 2006). The applied methodology was based on bibliographical research. We conclude, from the studies carried out, that the release of Geography teaching will contribute to the formation of young people with less capacity for critical understanding of social reality.Certainly, due to not youthful critical view, an ideal scenario will be produced for human submission to technical rationalityin this country, as well as for the expansion of rentier capital (verbal information)1. In relation to the project of School Geography, which aims to contribute to the development of students' spatial thinking, with emphasis ontheirs autonomy to think and act on the world, this reform means a blow. This field of knowledge will no longer be compulsory in the final stage of basic education, when the students, due to their advanced age, have greater maturity to understand the central proposal of this science

Resumo Espanhol:

El propósito, en este trabajo, es hacer un análisis de las consecuencias para el proceso formativo de los estudiantes secundarios, así como de los perjuicios para el proyecto de la Geografía Escolar, provenientes de la desobrigación de la enseñanza de Geografía en todas las series de la etapa final de la educación básica, conforme propone la Ley nº 13.415 / 2017, que reformula la escuela secundaria en Brasil. Para tanto, nos empeñamos en comprender la reforma de la escuela secundaria en el ámbito de la categoría totalidad (SANTOS, 2006).La metodología aplicada se basó en la investigación bibliográfica. Concluimos, a partir de los estudios realizados,que la desobrigación de la enseñanza de Geografía contribuirá a la formación de jóvenes con menor capacidad de comprensión crítica de la realidad social. Ciertamente, en función de la acricidad juvenil, se producirá, en este país, un escenario ideal para la sumisión humana a la racionalidad técnica, así como para la expansión del capital rentista (información verbal1). En relación al proyecto de la Geografía Escolar, que tiene como meta contribuir al desarrollo del pensamiento espacial de los estudiantes, con énfasis en su autonomía para pensar y actuar sobre el mundo, esta reforma se traduce en un golpe. Este campo del saber dejará de ser obligatorio en la etapa final de la educación básica, cuando los estudiantes, en función de la edad más avanzada, tienen mayor madurez para la comprensión de la propuesta central de esta ciencia.