ISSN 1982-2596
RPCA | Rio de Janeiro | v. 12 | n. 2 | abr./jun. 2018 | 102-116 | 102
Resumo
Nosso objetivo foi compreender como as práticas de gestão participativa (GP) foram desenvolvidas em uma empresa
siderúrgica considerando como agente e estrutura se constroem mutuamente numa perspectiva bourdieana. Fizemos
entrevistas não estruturadas com trabalhadores da empresa e com sindicalistas e as analisamos com base na Teoria de
Campos. Observamos que mesma estrutura que delimita as ações também proporciona resistências e incorporações, num
processo conturbado, mas passível de acomodações e transições, idas e vindas, que requerem a prática
dos agentes para
alimentarem o campo a partir das capacidades inventivas e dóxicas que valorizam agência e estrutura, simultaneamente,
ora privilegiando uma, ora, a outra. A análise nos permitiu perceber que as práticas de GP permitiram que houvesse tanto
avanços quanto permanências de relações de dominação nas relações de trabalho e gestão de pessoas
Our aim was to understand how practices of participative management (PM) were developed into a steel company taking
into account how agent and structure build one another in a Bourdieusian perspective. To achieve this goal, we carried
on unstructured interviews with company employees and trade union members, analyzing them based on the Theory of
Fields. We noted that the same structure that narrows actions also provides resistances and mergers, in a troubled process,
but subjected to accommodation and transitions back and forth, which requires practices of the agents to feed the field
from their inventive and doxic capabilities that value both agent and structure simultaneously, sometimes flavoring the
latter, sometimes the former. The analysis allowed us to realize how the PM practices allowed both developments and
permanence of relations of domination in Labor Relations and Human Resources Management