A gestão política da vida em Foucault

Revista Helius

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ISSN: 23578297
Editor Chefe: Fabrício Klain Cristofoletti
Início Publicação: 06/02/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

A gestão política da vida em Foucault

Ano: 2020 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: Giovana Carmo Temple
Autor Correspondente: Giovana Carmo Temple | [email protected]

Palavras-chave: Corpo. Carne. Biopolítica. Medicina.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste artigo é analisar de que maneira o corpo não é um organismo biológico sobre o qual o poder age, uma vez que a tarefa política das relações de poder é a de fabricar um corpo. Veremos como o poder atinge o corpo por meio de estratégias biopolíticas que nos constituem, histórica e culturalmente, como sujeitos. Para tanto, estudaremos as análises que Foucault faz da medicina como uma estratégia biopolítica na aula do dia 26 de fevereiro de 1975 do curso Os anormais. Esta aula nos mostrará os efeitos políticos do poder médico sobre a vida quando a carne e a possessão saem do domínio do poder eclesiástico e passam para o da ciência médica. Nos reportaremos, ainda, à análise da biopolítica e seus efeitos sobre a vida no primeiro volume de História da Sexualidade (1976) e em Nascimento da Biopolítica (2006).



Resumo Inglês:

The aim of this paper is to analyze how the body is not a biological organism on which power acts, but that the political task of power relations is to manufacture a body. We will see how the power reaches the body through biopolitical strategies that constitute us, historically and culturally, as subjects. For that, we will go through the class of February 26th of 1975 on the course Abnormal to understand how the medicine is, according to Foucault, a biopolitical strategy. This class will show us the political effects of medical power on life when flesh and possession leave the domain of ecclesiastical power and move on to medical science. We will also report on the analysis of biopower and its effects on life in The History of Sexuality I (1976) and The Birth of Biopolitics (2006).