O trabalho aqui apresentado tem como foco a gestão social nos marcos do neoliberalismo nos anos 1970, momento em que é colocada como estratégia para exaltar o mercado como instância de regulação econômica e polÃtica da vida social, em detrimento do cercear da participação da sociedade civil como instância participativa, tendo em vista a construção de uma gestão pública democrática. Assim, o objetivo deste trabalho é tecer uma discussão sobre as distorções teóricas e práticas em torno do termo sociedade civil, a fim de elucidar o sentido de participação, como lócus de proposições e disputas que permeiam a construção democrática. Isso se contrapõe a ideia de sociedade civil como sinônimo de solidariedade, voluntariado ou terceiro setor. A metodologia do trabalho associou-se à revisão bibliográfica, cujos referenciais contribuÃram para uma apresentação crÃtica sobre a gestão social. Os resultados aqui apresentados apontam para a necessidade de uma maior consolidação dos espaços públicos e da sociedade civil como atores de fundamental importância para a construção de uma gestão pública democrática.