O artigo destaca a importância da tradição da pernada carioca, anterior à chegada dos baianos capoeiras no Rio de Janeiro, nas décadas de 1950 e 1960. Alguns destes, como Joel Lourenço dos Santos, fizeram parte integral das escolas de samba. A inserção da capoeira no carnaval carioca aconteceu de várias maneiras. As escolas de samba e os blocos organizavam apresentações de capoeira em exibições folclóricas nas suas quadras ou noutros recintos fechados para atrair público e arrecadar dinheiro. A partir de 1961, a Mangueira começou a integrar uma ala de capoeira no seu desfile, e outras escolas fizeram o mesmo na década de 1960. Os blocos de embalo Cacique de Ramos e Bafo da Onça também tiveram grupos de capoeira jogando nos seus desfiles. Todo esse processo contribuiu para disseminar a nova modalidade de capoeira, ao mesmo tempo em que folclorizava a sua prática.
The article highlights the importance of the pernada tradition, which already existed in samba and carnival prior to the arrival of the Bahian capoeiras in Rio de Janeiro during the 1950s and 1960s. Some of these Bahians, for example Joel Lourenço dos Santos, became an integral part of the samba schools. The insertion of capoeira in the Rio de Janeiro carnival occurred in various ways. The samba schools and blocos organized capoeira exhibitions as part of folklore shows that took place in their open courts (quadras) or other closed spaces to attract a wider audience and earn funds. Mangueira started in 1961 to integrate a capoeira ‘wing’ (ala) in their parade, and other samba schools followed during the 1960s. The blocos de embalo Cacique de Ramos and Bafo da Onça also had capoeira groups playing during their parades. All this contributed greatly to the dissemination of the new type of capoeira, whilst also folklorizing the practice.