Este artigo possui cinco seções. Na seção 1, analisa-se a inter-relação entre a crise econômica
e a crise climática, e a dinâmica recente – em termos de posição de negociação e polÃticas
climáticas – das três grandes potências climáticas – Estados Unidos, China e União Europeia – e
das dez potências climáticas médias – Ãndia, Rússia, Brasil, Japão, Indonésia, México, Coreia do
Sul, Canadá, Ãfrica do Sul e Arábia Saudita. Na seção 2, apresenta-se uma sÃntese da evolução
da polÃtica climática brasileira no perÃodo 2005-2008. Na seção 3, analisa-se como mudanças
importantes no posicionamento dos governos dos estados amazônicos, de um grupo significativo
de grandes empresas brasileiras, de atores governamentais e da sociedade civil, produziu uma
importante mudança na polÃtica externa climática no segundo semestre de 2009. Na seção 4,
avalia-se o resultado da COP 15 e de seus desdobramentos no primeiro semestre de 2010, em
que todos os principais paÃses se associaram com metas ao Acordo de Copenhague. Por último, na
seção 5, sintetizam-se as profundas transformações acontecidas no plano nacional e internacional
durante 2009 e 2010 e especula-se brevemente sobre as perspectivas para os próximos anos.
This paper has five sections. In Section 1, it explores the links between the economic crisis and the
climate crisis, and the recent dynamics - in terms of negotiating position and climate policies - of
the three great climate powers - USA, China and European Union - and the ten middle climate
powers - India, Russia, Brazil, Japan, Indonesia, Mexico, South Korea, Canada, South Africa and
Saudi Arabia. Section 2 provides an overview of the evolution of climate policy in Brazil in the
2005-2008 period. Section 3 analyses how major changes in the positions of the governments of
the Amazonian states, of a significant group of large Brazilian companies, and of governmental
and civil society players, produced a major shift in climate foreign policy in the second half of 2009.
Section 4 evaluates the outcome of COP 15 and its aftermath in the first half of 2010, when all
major countries pledged to achieve the targets of the Copenhagen Agreement. Finally, Section 5
summarizes the deep changes that took place at the national and international level in 2009 and
2010 and speculates briefly about the coming year.