Glutamina e sistema imune

Revista Brasileira De Nutrição Funcional

Endereço:
Rua Carlos Petit,130 - Vila Mariana
São Paulo / SP
04110000
Site: https://www.vponline.com.br/portal/revista-brasileira-de-nutricao-funcional/
Telefone: (11) 3582-5600
ISSN: 21764522
Editor Chefe: [email protected]
Início Publicação: 30/04/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Nutrição

Glutamina e sistema imune

Ano: 2014 | Volume: 26 | Número: 61
Autores: J. Geraix, M. A. R. N. Valério, Z. F. R. Abbud, L. P. F. Mistura, D. Felício
Autor Correspondente: J. Geraix, M. A. R. N. Valério, Z. F. R. Abbud, L. P. F. Mistura, D. Felício | [email protected]

Palavras-chave: glutamina, imunologia, estresse oxidativo, inflamação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A glutamina é o mais abundante aminoácido do corpo. Células do trato gastrointestinal, enterócitos, rim, fígado e células
imune (linfócitos T, macrófagos) usam esse aminoácido como fonte de energia, sendo que adequadas concentrações são
necessárias para a manutenção de uma variedade de funções celulares. A glutamina é fundamental para o sistema fagocítico
mononuclear (monócitos e macrófagos), o qual produz citocinas que medeiam respostas imunes, tais como a interleucina-8,
interleucina-1ß, interleucina-6 e fator de necrose tumoral-α. A produção das citocinas depende da disponibilidade da
glutamina. Este aminoácido também participa da formação de nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato reduzida
(NADPH), resultando na formação de superóxidos pelos neutrófilos e monócitos. Além disso, a glutamina é substrato
essencial para a síntese de glutationa, um importante antioxidante intracelular, e também regula vias de transdução de
sinal da proliferação celular e apoptose. Evidências têm demonstrado os efeitos da glutamina na expressão de proteínas de
estresse ou choque térmico, com consequente redução na ativação do fator de transcrição nuclear e expressão de citocinas
pró-inflamatórias, bem como a minimização de lesão ou doença induzida por disfunção na barreira intestinal. Todas as
implicações fisiológicas da alta taxa de utilização da glutamina, especialmente pelo sistema imune, têm sido discutidas



Resumo Inglês:

Glutamine is the most abundant amino acid in the human body. Gastrointestinal tract cells, enterocytes, kidneys, liver, and
immune cells (T lymphocytes, macrophages) use this amino acid as an energy source, with adequate concentrations being
necessary for the maintenance of a variety of cellular functions. Glutamine is fundamental for the mononuclear phagocytic
system (monocytes and macrophages), which produces cytokines that mediate immune responses, such as interleukin-8,
interleukin-1ß, interleukin-6, and tumor necrosis factor-α. The production of these cytokines depends on the availability
of glutamine. This amino acid also participates in the generation of NADPH, resulting in the formation of superoxides by
neutrophils and monocytes. In addition, glutamine is an essential substrate for the synthesis of glutathione, an important
intracellular antioxidant, and also regulates signal transduction pathways of cell proliferation and apoptosis. Several
lines of evidence have demonstrated the effects of glutamine on the expression of heat shock proteins, with a consequent
reduction in the activation of nuclear transcription factor kappa-B and expression of proinflammatory cytokines, as well
as minimization of injury – or gut barrier dysfunction induced disease. All physiological implications of a high rate of
glutamine utilization, especially by the immune system, are discussed