Governo das sociedades, custos de agência e crise financeira: que relação?

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ISSN: 22374558
Editor Chefe: Elisabete Werlang
Início Publicação: 31/08/2011
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Administração

Governo das sociedades, custos de agência e crise financeira: que relação?

Ano: 2014 | Volume: 4 | Número: 1
Autores: Catarina Alexandra Alves Fernandes
Autor Correspondente: Catarina Alexandra Alves Fernandes | [email protected]

Palavras-chave: Governo das sociedades, Custos de agência, Crise financeira, Setor bancário

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O debate sobre o governo das sociedades tem ganhado crescente relevo nos meios acadêmico e empresarial desde o fim da década de 1980. Esse maior destaque foi originado por diversos fatores, dos quais se salientam a crise na Ásia, os escândalos financeiros que assolaram grandes empresas cotadas norte-americanas e algumas empresas de auditoria e, mais recentemente, a crise financeira mundial. Embora há muito defendida a necessidade de aperfeiçoar os instrumentos existentes e de descobrir novos mecanismos, de modo a encontrar um sistema de governo das sociedades que minimize os custos de agência, a crise financeira mundial com origem nos EUA veio dar-lhe novo “fôlego”. E, agora, com especial ênfase na banca. Falhas no governo das sociedades, em particular no setor bancário, têm sido apontadas como culpadas pela crise financeira global iniciada em 2007, só comparável à Grande Depressão. Assim, este artigo pretende, em primeiro lugar, apresentar uma caracterização genérica dos mecanismos de governo das sociedades, integrando no estudo os denominados custos de agência e, em seguida, analisar tais mecanismos no setor bancário, estabelecendo uma relação entre eles e a crise financeira. A pesquisa efetuada permite demonstrar a importância dos instrumentos de governo das sociedades na minimização dos custos de agência, nomeadamente no contexto da crise financeira. Ainda que o setor bancário tenha as suas especificidades, a investigação feita indica que existe uma relação entre aqueles instrumentos e a performance dos bancos e que fragilidades no governo das sociedades determinaram em larga medida a crise financeira.



Resumo Inglês:

The debate about corporate governance has gained increasing importance in academic and business
communities since the late 80s. This was caused by several factors among which the crisis in Asia, the
financial scandals that plagued large listed companies and some U.S. audit firms and, more recently, the global financial crisis. Although the need to improve the existing instruments and / or discover new mechanisms in order to find a system of corporate governance that minimizes agency costs have long been advocated, the global financial crisis originated in the U.S gave it new impetus. And now, with special emphasis on banking. Failures in corporate governance, in particular in the banking sector have been identified as responsible for the global financial crisis that started in 2007and is only comparable to the Great Depression. Thus, this article aims, first, to make a general characterization of the mechanisms of corporate governance, integrating in the study the so-called agency costs, and then, to analyze those mechanisms in the banking sector, establishing a relationship between them and the financial crisis. The research carried out allows to demonstrate the importance of instruments of corporate governance in reducing agency costs, particularly in the context of the financial crisis. Although the banking sector has its specificities, the research done indicates that there is a relationship between those instruments and the performance of banks and that the weaknesses in corporate governance largely determined the financial crisis.