Propomos uma reflexão que tem como objeto de investigação os princípios e técnicas transmitidos pela cultura graffiti na cidade Porto Alegre/RS e seus processos de (des)territorialização. Hoje, esta manifestação envolve não apenas a comunidade tradicional da arte urbana, mas atores sociais diversos, como galerias e administrações municipais que contribuem para adicionar tanto valor estético quanto um valor econômico significativo. Como uma grande variedade de artefatos pictóricos (tradicionalmente caracterizados como marginais) está sendo transformada em bens simbólicos com valor estético e econômico e incluída no que é chamado de arte urbana? Refletindo a respeito de um rápido e complexo processo de institucionalização, artificação e comercialização desta linguagem visual, esperamos contribuir com os debates mais recentes sobre legitimação política e mercantilização dessas práticas artísticas.