GRAMATIZAÇÃO, IDEOLOGIA E AS RAÍZES DAS TECNOLOGIAS LINGUÍSTICAS

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ISSN: 1041886
Editor Chefe: MARIVONE SIRTOLI
Início Publicação: 30/11/1989
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

GRAMATIZAÇÃO, IDEOLOGIA E AS RAÍZES DAS TECNOLOGIAS LINGUÍSTICAS

Ano: 2012 | Volume: 1 | Número: 44
Autores: Rodrigo Franklin de Sousa
Autor Correspondente: Rodrigo Franklin de Sousa | [email protected]

Palavras-chave: gramatização; ideologia; tecnologias linguísticas.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No presente trabalho fazemos alguns apontamentos sobre como o processo de gramatização da língua veio a instaurar um distanciamento na reflexão linguística entre a língua e sua utilização concreta. Argumentamos que esse distanciamento foi efetivado pelo desenvolvimento de tecnologias de apropriação da linguagem que excluem do pensamento linguístico a reflexão sobre os contextos sociais ou situações de enunciação. Propomos que a prevalência destas tecnologias se deve a sua eficácia em descrever as regularidades linguísticas e possibilitar seu domínio instrumental. Ao mesmo tempo, estes processos instauram um apagamento da situação social de utilização da linguagem por meio de um processo ideológico que mascara as reais condições de produção da linguagem e converte a reflexão linguística em instrumento de poder e dominação.



Resumo Inglês:

The present paper consists in observations regarding how the process of gramatization of
language instituted a distance between language and its use in linguistic thinking. We argue that this
distancing was effected by the development of technologies which exclude from linguistic thinking
reflection on social contexts or enunciative situations. We propose that the prevalence of these
technologies is due to its efficacy in describing language regularities and enabling mastery of it as an
instrument. At the same time, these processes engender a virtual disappearance of the concrete social
situation of language use by means of a an ideological process which masks the real conditions of
language production and may turn linguistic thinking into an instrument of power and domination.