As principais tradições teóricas em relações internacionais apresentam precipuamente grande poder explicativo sobre assuntos relacionados a segurança, particularmente em relação ao papel do Estado e ao comportamento estatal adequado para garantir a sobrevivência contra agressões externas. Com as transformações ocorridas no capitalismo mundial a partir dos anos 1970, que foram apoiadas pelos avanços nas tecnologias da informação e comunicação e pela intensificação do fluxo de transporte internacional e que conduziram à participação de uma maior variedade de atores na arena internacional e à interdependência entre estados, percebeu-se a necessidade da adoção de uma temática expandida na análise das relações internacionais. Com base neste cenário, o presente artigo procurará apresentar a maneira pela qual cada uma das grandes tradições teóricas em Relações Internacionais, o Realismo e o Liberalismo, pode explicar a polÃtica de apoio estatal à internacionalização de empresas, explicitando suas divergências e suas dificuldades na explicação desta polÃtica.