Introdução: diante do cenário pandêmico, os acadêmicos de enfermagem precisaram se adaptar e conviver habitualmente com sentimentos de medo e ansiedade, além da expressiva quantidade de profissionais da saúde infectados e mortos. Estas questões podem desencadear crises na formação, e sua resiliência influencia diretamente em sua qualidade de vida. Objetiva-se descrever o grau de ansiedade de acadêmicos de enfermagem de universidade federal, durante a pandemia de covid-19. Materiais e Métodos: estudo epidemiológico descritivo de desenho seccional. População foi composta por 187 acadêmicos de enfermagem, foi realizado cálculo amostral. Aplicado formulário disponibilizado de forma remota, com análise descritiva dos dados. Pesquisa aprovada pelo comité de ética sob o parecer 4.249.624. Resultados: apresentaram um grau de ansiedade mínima e leve em sua maioria, no entanto uma grande quantidade de alunos manifestou índices graves. Os sintomas mais frequentes, segundo o Inventário de Ansiedade de Beck, foram sensação de desequilíbrio, de desmaio e trêmulo, enquanto as questões de senso comum prevaleceram pensar demais, falta de paciência e preocupação constante. Discussão: estudos identificam como impacto de quarentenas e epidemias prévias, a ocorrência de distúrbios emocionais, depressão, irritabilidade e ansiedade. Somando ainda, o estado de vulnerabilidade em que se encontram os graduandos de enfermagem, estando mais suscetíveis a desequilíbrios de ordem mental. Considerações finais: é essencial haver uma preocupação maior com a saúde mental dos graduandos e dos recém-formados. A ansiedade é natural, no entanto, a intensificação dos sintomas de ansiedade exige a busca por atendimento especializado.