A gravidez tardia exige dos profissionais de saúde maior atenção, dada a possibilidade de complicações para a mulher, o feto e, posteriormente, para o recém-nascido. Constatam-se a escassez de estudos sobre o assunto e a existência de relatos e dados conflitantes em estudos realizados, justificando a proposta de fazer um levantamento bibliográfico de artigos disponÃveis nas bases de dados, de 1990-2008, sobre a gravidez após os 35 anos. Foram selecionados 74 artigos considerando “tipo de estudoâ€; “enfoqueâ€; “sujeitos da pesquisaâ€; “tipo de publicaçãoâ€; “abordagemâ€; “origem†e “idioma de publicaçãoâ€. Predominaram artigos da Pubmed (91,9%), publicados em inglês (90,5%), a partir de 2003 (47,3%), na forma de resumos (74,3%), experimentos (82,4%), quantitativos (83,8%), de origem internacional (95,9%), abordando a mulher enquanto sujeito de pesquisa (53,9%). Fica evidente que o evento da gravidez tardia é uma realidade em ascensão no mundo e que há um interesse crescente no tema, porém com enfoque essencialmente biológico (58,9%). Na série considerada, não há consenso quanto ao fator “idade materna†no desenvolvimento da gravidez de risco; a gravidez, em qualquer faixa etária, pode vir acompanhada de condições desfavoráveis, tanto para mulher quanto para o feto, dependendo das condições de saúde e do contexto que envolve a concepção e seu desfecho. Há necessidade de estudos mais abrangentes, envolvendo contextos sociais, familiares e culturais, de modo a subsidiar uma atenção de qualidade à mulher e à famÃlia, e, também, os serviços de saúde voltados para esse “novo públicoâ€.