Este artigo entrecruza discussões sobre a docência universitária, a iniciação à docência e o
necessário apoio ao professor na fase inicial da sua carreira. Essas discussões fundamentaram um trabalho realizado por um Grupo colaborativo de pesquisa-formação. Nesse Grupo, de maneira compartilhada, os participantes são envolvidos em reflexões sobre a sua prática profissional com objetivo de se (trans)formarem nesse processo. O texto enfoca o caso de uma integrante do grupo, profissional liberal iniciante na docência universitária, e o apoio fornecido pelos co-formadores nessa difÃcil fase de sua carreira. Esse apoio visou construir condições de possibilidades para o diálogo com a professora, instigando- a a compreender as razões que movem a sua prática. Diferentes estratégias foram utilizadas para este fim, destacando-se, os ‘diários de aula’, os estudos e discussões no Grupo colaborativo e as ‘cartas de formação’,todas essas contribuindo para produção de uma narrativa autobiográfica na qual a professora faz reflexões sobre o seu processo de formação como docente. As narrativas reflexivas sobre a vida dessa professora, produzidas a partir da mediação do Grupo, e com ele partilhadas, constituÃram-se importantes elementos de formação, não só para a professora em questão, mas para os que com ela interagiram no Grupo colaborativo.
Discussions on university teaching, teaching initiation and the necessary teacher support during the initial phase of their career are provided. The above mentioned discussions foregrounded a study by a research-formation collaborative Group. Sharing participants in the Group were involved in reflections on their professional practice to (trans)form themselves in the process. The text focused on a Group member, a fledging female professional in university teaching, and the support provided by co-trainers during this difficult phase in her career. Support comprised the provision of conditions for dialogues with the teacher, prompting her to understand the reasons that underlay their practice. Different strategies were used, esp the ‘formation letters’. The above contributed towards the production of an
autobiographical narrative in which the professor reflected on her formation process as a professor. The reflective narratives on the teacher’s life, produced within the Group’s mediation and shared with its members, constituted important formation themes not merely for the teacher but also for those who
interacted with her in the collaborative Group.