GRUPO DE ESTUDOS SOCIOCULTURAIS EM EDUCAÇÃO FÍSICA (GESEF): UMA TRAJETÓRIA MEIO-BIOGRÁFICA EM DIÁLOGO COM ESTUDOS DO LAZER

Revista Brasileira de Estudos do Lazer

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ISSN: 2358-1239
Editor Chefe: Christianne Luce Gomes
Início Publicação: 31/03/2014
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação física, Área de Estudo: Turismo, Área de Estudo: Multidisciplinar

GRUPO DE ESTUDOS SOCIOCULTURAIS EM EDUCAÇÃO FÍSICA (GESEF): UMA TRAJETÓRIA MEIO-BIOGRÁFICA EM DIÁLOGO COM ESTUDOS DO LAZER

Ano: 2015 | Volume: 2 | Número: 3
Autores: Marco Paulo Stigger
Autor Correspondente: Marco Paulo Stigger | [email protected]

Palavras-chave: Lazer; Etnografia; Diversidade; Cultura.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O trabalho, procurando dialogar com a produção relacionada ao esporte e ao lazer, descreve e analisa a trajetória do Grupo de Estudos Socioculturais em Educação Física (GESEF), sobretudo com base nas suas investigações etnográficas. São apresentados retratos de caminhos investigativos não planejados, desenvolvidos na interface com a Antropologia. Tais retratos de trabalhos evidenciam pontos de reflexões e contribuições em diferentes frentes: compreensão das práticas de esporte como cultura compartilhada em grupos, isso para além das faltas e privilegiando as apropriações nos contextos de lazeres urbanos, constituídos por pessoas comuns; compreensão das práticas de diversão, entre elas as brincadeiras e as esportivas, como espaços de disputas e de negociações não dissociadas da vida cotidiana e, portanto, como universos educativos significativos e imersos em relações de poder; compreensão da polifonia de interesses que permeiam as práticas esportivas, sobretudo aqueles que coexistem ‘no lazer’, mesmo que pareçam, num primeiro olhar, antagônicos ou ambíguos, dificultando as classificações e entendimentos a priori; e compreensão das experiências de esporte e de lazer na vida dos atores sociais em ação, como questões sociais que se articulam com a política, com a educação, com a violência, com o trabalho. Por fim, o texto enfatiza que não se trata de propor um fechamento das discussões, mas de trazer elementos que possam colaborar na compreensão, tendo em vista, especialmente, a intervenção nesses campos do esporte e do lazer.



Resumo Inglês:

This work, seeking to dialogue with production related to sport and leisure, describes and analyzes the trajectory of Sociocultural Study Group in Physical Education (GESEF), specially based on its ethnographic investigations. It presents portraits of unplanned investigative paths developed at their interface with anthropology. Such portraits of studies show points of reflections and contributions at different fronts: understanding sport practices as culture shared in groups, beyond absences and favoring appropriation in urban leisure contexts made up of ordinary people; understanding fun practices, including games and sports, as spaces for disputes and negotiations connected to everyday life and therefore as significant educational universes immersed in power relations; understanding the polyphony of interests that pervade sports practices, especially those that coexist “in leisure”, although they might appear antagonistic or ambiguous at first glance, hampering a priori difficult classifications and understandings; and understanding sport and recreational experiences in the lives of social actors in action, as social issues connected to politics, education, violence, work. Finally, the text emphasizes that it is not proposing to close discussions, but to bring elements that can contribute in understanding, especially with a view to intervention in the fields of sport and leisure.



Resumo Espanhol:

El trabajo, que busca dialogar con la producción relacionada al deporte y al ocio, describe y analiza la trayectoria del Grupo de Estudios Socioculturales en Educación Física (GESEF), sobre todo con base en sus investigaciones etnográficas. Son presentados retratos de caminos investigativos no planificados, desarrollados en la interface con la antropología. Tales retratos de trabajos evidencian puntos de reflexión y contribuciones en diferentes frentes: comprensión de las prácticas deportivas como cultura compartida en grupos, más allá de las faltas y privilegiando las apropiaciones en los contextos de ocio urbanos, constituidos por personas comunes; comprensión de las prácticas de diversión, entre ellas los juegos y los deportes, como espacios de disputa y de negociaciones no disociadas de la vida cotidiana y, por lo tanto, como universos educativos significativos e inmersos en relaciones de poder; comprensión de la polifonía de intereses que permean las prácticas deportivas, sobre todo aquellos que coexisten ‘en el ocio’, aunque parezcan, a primera vista, antagónicos o ambiguos, dificultando las clasificaciones y entendimientos a priori; y comprensión de las experiencias de deporte y ocio en la vida de los actores sociales en acción, como cuestiones sociales que se articulan con la política, con la educación, con la violencia y con el trabajo. Por fin, el texto enfatiza que no se trata de proponer el fin de las discusiones, sino de traer elementos que puedan colaborar en la comprensión, teniendo en vista, especialmente, la intervención en esos campos del deporte y del ocio.