Durante a Segunda Guerra Mundial, no Estado de Santa Catarina, as tensões entre a nacionalização (orçada, e mais ainda com a declaração de guerra ao Eixo, tomaram difíceis as relações entre Igreja e Estado, tanto a católica quanto evangélica, resultando em conflitos de poder entre o clero e a interventoria, perseguições e exílios. Este artigo discute a aliança entre a Igreja Católica e o poder estatal, que não ocorreu com as Igrejas Evangélicas, perseguidas sem trégua. Disputas, xenofobia e delações aparecem na documentação analisada, bem como na memória de pessoas que viveram a época, em narrativas onde se percebem silêncio, medo e ressentimento, indicando a existência de adversidade e conflito para aqueles que insistiam em orar na língua original, ter livros sagrados em alemão ou italiano, seguir seu pastor de origem ou aqueles clérigos que resistiam e mantinham suas funções ignorando as proibições. No emaranhado de sentidos, a diminuição da frequência aos cultos e missas foi sentida tanto pelos fiéis quanto pelo clero.
During the Second World War in the state of Santa Catarina, tensions through enforced nationalization, and even more with the declaration of war on the Axis, made relations between the Church and the State difficult, as much for the Catholic Church os for the Evangelical Church, resulting in power conflicts between the cleric and the governmental interventions persecutions and deportations. This article perceives the alliance between the Catholic Church and the state legislative power, which did not occur with the Evangelical Church, which was relentlessly persecuted. Disputes, xenophobia, and denouncements appear in the documentation analyzed, as well as in the memories of people who lived during that era, in whose narratives its possible to sense the silence, fear and resentments, indicating an existence of adversity and conflict for those who insisted in praying in their language of origin, to possess sacred books written in German or Italian, to follow their pastor of origin, or for those clerics who resisted and continued their functions ignoring the prohibitions. In this tangle of senses the reduction in frequency in worship and masses was felt as much by the worshipers as by the cle-rics.
