Guinea pigs experimentally infected with vaccinia virus replicate and shed, but do not transmit the virus

Ciência Rural

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ISSN: 1038478
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1990
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Medicina Veterinária

Guinea pigs experimentally infected with vaccinia virus replicate and shed, but do not transmit the virus

Ano: 2012 | Volume: 42 | Número: 6
Autores: Juliana Felipetto Cargnelutti, Adriéli Wendlant, Rudi Weiblen, Eduardo Furtado Flores
Autor Correspondente: Eduardo Furtado Flores | [email protected]

Palavras-chave: Cavia porcellus, Cavia aperea, Orthopoxvirus, reservatórios, epidemiologia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A origem dos vírus vaccínia (VACV), envolvidos em surtos de doença vesicular em bovinos e humanos no Sudeste do Brasil, permanece desconhecida, e a participação de espécies silvestres na manutenção e transmissão do vírus tem sido sugerida. O objetivo deste trabalho foi investigar a susceptibilidade e o potencial de transmissão por cobaias (Cavia porcellus) - filogeneticamente relacionada a uma espécie de roedor, conhecido por preá (Cavia aperea), bastante abundante no país - a duas cepas de VACV (P1V e P2V) isoladas de um surto de doença cutânea em equinos no Rio Grande do Sul. Oito cobaias inoculadas pela via intranasal com uma mistura das amostras P1V e P2V (106 DICC50.ml-1) não apresentaram sinais clínicos, porém seis animais excretaram o vírus nas secreções nasais (1 a 9 dias pós-inoculação - pi), desenvolveram viremia (1 a 10 dias pi) e soroconverteram ao VACV. Apesar da replicação e excreção viral, o vírus não foi transmitido a sentinelas por contato direto, indireto (aerossóis) ou por água e alimentos contaminados com fezes deliberadamente contaminadas com o vírus. Esses resultados demonstram que, apesar de replicar e excretar o vírus, as cobaias não transmitem o VACV nas condições estudadas. Esses achados tornam pouco provável a participação de espécies relacionadas na manutenção e transmissão do VACV na natureza.



Resumo Inglês:

The origin of vaccinia viruses (VACV) associated with vesicular disease in cattle and humans in Southeast Brazil remains uncertain, yet the role of wild species in virus transmission has been suggested. This study investigated the susceptibility and transmission potential by guinea pigs (Cavia porcellus) - phylogenetically close to an abundant Brazilian rodent (Cavia aperea) - to two VACV strains (P1V and P2V) isolated from an outbreak of cutaneous disease in horses in Southern Brazil. Eight guinea pigs inoculated intranasally with P1V and P2V (106 TCID50.ml-1) did not develop clinical signs, but six animals shed virus in nasal secretions (day 1 to 9 post-inoculation - pi), developed viremia (between days 1 and 10 pi) and seroconverted to VACV. In spite of virus replication and shedding, the virus was not transmitted to sentinel animals by direct or indirect contact (aerosols) or through food and water contaminated with virus. These results demonstrate that, in spite of replicating and shedding the virus, guinea pigs do not transmit the virus upon experimental inoculation. This finding makes unlikely a possible participation of related species in VACV maintenance and transmission in nature.