OBJETIVO: caracterizar as habilidades de praxias verbal e não-verbal em indivÃduos gagos.
MÉTODOS: participaram do estudo 40 indivÃduos, com idade igual ou superior a 18 anos, do sexo masculino e feminino: 20 gagos adultos e 20 sem queixas de comunicação. Para a avaliação das praxias verbal e não-verbal, os indivÃduos foram submetidos à aplicação do Protocolo de Avaliação da Apraxia Verbal e Não-verbal (Martins e Ortiz, 2004).
RESULTADOS: com relação à s habilidades de praxia verbal houve diferença estatisticamente significante no número de disfluências tÃpicas e atÃpicas apresentadas pelos grupos estudados. Quanto à tipologia das disfluências observou-se que nas tÃpicas houve diferença estatisticamente significante entre os grupos estudados apenas na repetição de frase, e nas atÃpicas, houve diferença estatisticamente significante, tanto no bloqueio quanto na repetição de sÃlaba e no prolongamento. Com relação à s habilidades de praxia não-verbal, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os indivÃduos estudados na realização dos movimentos de lábios, lÃngua e mandÃbula, isolados e em sequência.
CONCLUSÃO: com relação à s habilidades de praxia verbal, os gagos apresentaram frequência maior de rupturas da fala, tanto de disfluências tÃpicas quanto de atÃpicas, quando comparado ao grupo controle. Já na realização de movimentos práxicos isolados e em sequência, ou seja, nas habilidades de praxia não-verbal, os indivÃduos gagos não se diferenciaram dos fluentes não confirmando a hipótese de que o inÃcio precoce da gagueira poderia comprometer as habilidades de praxia não-verbal.
PURPOSE: to characterize the verbal and non-verbal praxic abilities in adult stutterers.
METHODS: for this research, 40 over 18-year old men and women were selected: 20 stuttering adults and 20 without communication complaints. For the praxis evaluation, they were submitted to "Protocolo de Avaliação da Apraxia Verbal e Não-verbal" (Martins and Ortiz, 2004).
RESULTS: regarding the abilities of verbal praxis, there was a statistically significant difference of number of typical and atypical disfluencies showed by the two studied groups. Phrase repetition was the only type of typical disfluency which showed a statistically significant difference between the groups. Blocking, syllable repetition and prolonging were the atypical disfluencies which showed a statistically significant difference between the groups. Regarding the non-verbal praxic abilities, a statistically significant difference was not found between the groups in the performance of lip, tongue and jaw movements, isolated and in sequence.
CONCLUSION: the adult stutterers showed a significantly higher number of typical and atypical disfluencies than non-stutterers (verbal praxis). Stutterers do not differ from non-stutterers in their non-verbal praxic abilities. This finding contradicts those who believe that early stuttering affects non-verbal praxis.