As habitações do humano como expressões do tempo: diálogo entre Heidegger e Dōgen

Natureza Humana Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise

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ISSN: 2175-2834
Editor Chefe: Zeljko Loparic
Início Publicação: 31/05/2015
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Filosofia

As habitações do humano como expressões do tempo: diálogo entre Heidegger e Dōgen

Ano: 2011 | Volume: 13 | Número: 2
Autores: José Carlos Michelazzo
Autor Correspondente: José Carlos Michelazzo | [email protected]

Palavras-chave: ontologia, habitação, tempo, permanencia, finitude, impermanencia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A exposição pretende apresentar contribuições introdutórias para o problema do tempo ao colocar em diálogo dois pensadores: Heidegger e Dōgen. A estratégia para tanto será mostrar um continuum de três modos de habitação do humano, tomadas como maneiras de ser do homem, oriundas de três possíveis horizontes de interpretação do problema do tempo. Os dois iniciais apresentam-se sob a perspectiva de pensamento de Heidegger: o primeiro modo, o antropocêntrico, é o que se estabelece a partir de uma primeira interpretação do tempo enquanto permanência, como simples duração; o segundo, o existencial, do tempo como finitude ou impermanência relativa. O terceiro, o numinoso, sob a perspectiva de pensamento do Mestre Zen Dōgen, é apreendido a partir do tempo enquanto impermanência absoluta. Nesse continuum de modos de habitação estaria contida uma suposição de que existe um aprofundamento na compreensão do ser do homem que implicaria, por sua vez, em um correspondente aprofundamento no modo de interpretar o problema do tempo, ou seja, de apreendê-lo mais originariamente.



Resumo Inglês:

This essay is intended to present introductory contributions to the problem of time by putting into dialogue two thinkers: Heidegger and Dōgen. The strategy for both will show a continuum of three modes of human habitation, taken as ways of being human, from three modes of possible interpretation of the time problem. The initial two are presented under the perspective of Heidegger’s thought: the first one, the anthropocentric, is the one that is established from a first interpretation of time as a simple duration; the second, the existential, is time as finitude or relative impermanence. The third one, the numinous, under Zen Master Dōgen’s perspective of thought, is apprehended from time as radical impermanence. In this continuum of modes of dwelling would be a supposition that there is a deepening in the comprehension of the being of man that would imply, in turn, with a correspondent deepening in the way of interpreting the problem of time, in other words, of apprehending it more originally.