Este texto faz parte da pesquisa de um projeto expositivo a apresentar em 2021, sob a égide de uma ideia de mutação da paisagem, em processo. São tomados como mote diversos casos de torres construídas como contraponto na paisagem natural da ação humana, com destaque para projetos de Francisco de Holanda, no século XVI, e dos Grupos Acre e Puzzle, no período seguinte à revolução democrática portuguesa de 1974. Alinhadas sob um fio condutor estabelecido a partir de uma canção e outras evocações musicais, as palavras conversam com imagens de postais de álbuns diversos, na sua maioria invisíveis. Nestes escondem-se, ou revelam-se, paisagens que cruzam o natural com sinais políticos, culturais e artísticos, numa ameaça cada vez mais decisiva.
This paper is part of the research for an exhibition project to be presented in 2021, under the aegis of an idea of changing landscape, in process. Various cases of towers built as a counterpoint of human action in the natural landscape are taken as a motto, with emphasis on projects by Francisco de Holanda, in the 16th century, and the Acre and Puzzle Groups, in the period following the 1974 Portuguese democratic revolution.Aligned under a conductive thread established from a song and other musical evocations, words talk with images in postcards from different albums, mostly not visible. In these images landscapes are hidden, or revealed, that intersect nature with political, cultural and artistic signs, in an increasingly decisive threat.
Este texto forma parte de la investigación de un proyecto expositivo que se presentará en 2021, bajo la égida de una idea de mutación del paisaje, en proceso. Varios casos de torres construidas como contrapunto en el paisaje natural de la acción humana se toman como lema, con énfasis en los proyectos de Francisco de Holanda, en el siglo XVI, y los Grupos de Acre y Puzzle, en el período posterior a la revolución democrática portuguesa de 1974.Alineadas bajo un hilo conductor establecido a partir de una canción y otras evocaciones musicales, las palabras dialogan con imágenes de postales de distintos álbumes, la mayoría invisibles. En estos paisajes se esconden, o revelan, quecruzan lo natural con signos políticos, culturales y artísticos, en una amenaza cada vez más decisiva.