HEMOGLOBINOPATIAS: PREVALÊNCIA EM DOADORES DE SANGUE

Saúde E Pesquisa

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ISSN: 19831870
Editor Chefe: Sonia Maria Bertolini
Início Publicação: 31/05/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Saúde coletiva

HEMOGLOBINOPATIAS: PREVALÊNCIA EM DOADORES DE SANGUE

Ano: 2012 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: T. S. P. Valer, M. A. Dodorico, W. L. M. Ferreira, M. U. Yamaguchi
Autor Correspondente: T. S. P. Valer | [email protected]

Palavras-chave: banco de sangue, doadores de sangue, hemoglobinopatias

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As anemias hereditárias estão entre as doenças genéticas mais comuns e correspondem a um grupo de anemias com complexidade variada. São divididas em dois grupos: as talassemias e as hemoglobinopatias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 270 milhões da população mundial contêm genes que determinam a presença de hemoglobinas anormais. No Brasil, estudos demonstram que aproximadamente 10 milhões de pessoas são portadoras desta doença. Esta distribuição está envolvida com os movimentos migratórios e consequente miscigenação da população, de acordo com a colonização regional dos principais grupos raciais. Identificou-se a prevalência de hemoglobinopatias em doadores de sangue de um banco de sangue da cidade de Maringá, Paraná, permitindo uma estimativa regional do problema, visando comparar com dados já existentes de outras regiões do país e do mundo. Os resultados obtidos através da análise de 78.303 amostras revelaram que a prevalência desta anemia é maior no sexo masculino (1,43%), bem como nos doadores provenientes nas regiões Nordeste (2,51%) e Sul (1,35%), caindo gradativamente nas regiões Sudeste (1,27%), Centro Oeste (1,19%) e Norte (0,85%). Concluímos que a população brasileira apresenta prevalências variáveis para hemoglobinopatias, dependendo da região do país onde é analisada e também do grupo étnico. Convém salientar a importância da triagem para hemoglobinopatias em doadores de sangue, pois desta maneira o receptor do sangue é favorecido com produto de qualidade e segurança e o doador com a identificação de uma doença genética que pode ser manifestada em seus descendentes.



Resumo Inglês:

Hereditary types of anemia are the most common genetic diseases and correspond to a varied complexity group. They may be divided into two groups: thalassemia and hemoglobinopathy. According to WHO, some 270 million people worldwide have genes that determine the presence of abnormal hemoglobins. Studies in Brazil show that approximately 10 million people have the above disease and its distribution involves migratory population movements and miscegenation, according to the regional colonization of the main racial groups. The prevalence of several types of hemoglobinopathy has been identified in blood donors in a blood bank in Maringá PR Brazil which provided a regional estimate of the problem and compared data which already existed in other regions of the country and abroad. Results from the analyses of 78,303 samples revealed high prevalence of anemia in males (1.43%) and in donors from the northeastern and southern regions of Brazil, with 2.51% and 1.35% respectively, and a gradual decrease in the southeastern (1.27%), mid-western (1.19%) and northern (0.85%) regions. Results show that the Brazilian population has various types of prevalence for hemoglobinopathy according to the country’s regions where it is investigated and to the ethnical group involved. The importance of trials for hemoglobinopathy in blood donors should be underscored since the blood receptor is favored by a quality and safe product. The donor may likewise identify a genetic disease which may reveal itself in
future progeny.