As linhas iniciais deste estudo começam com uma frase de Richard E. Palmer, extraída da obra Hermenêutica, da Coleção O Saber da Filosofia, Editora Edições 70: "O diálogo, e não a dissecação, abre o universo de uma obra literária". Esta frase é uma excelente crítica ao modelo que se tornou dominante na arte da interpretação: a imagem do cientista que isola o objeto para ver como ele é feito (assim como no Iluminismo se dissecavam sapos para estudá-los). Para interpretar entendo que não podemos puramente seguir métodos científicos já pré-estabelecidos, mas sim compreender humanisticamente o que significa interpretar uma obra.