Este artigo centra-se no projeto ricoeuriano da Filosofia da vontade, nomeadamente no conceito de desproporção que o filósofo desenvolve no primeiro volume de O homem falÃvel. O objetivo é destacar uma ideia de fragilidade que, expressando-se na falibilidade, põe em marcha uma noção de hermenêutica em que se jogam o nÃvel semântico da compreensão do soi e o nÃvel ontológico. A ideia é perceber como este projeto dá origem a uma via hermenêutica da reflexão que põe em jogo uma meditação sobre o papel teórico e prático da imaginação.