O presente artigo propõe uma análise da feminilidade performada na revista Jornal das Moças, em exemplares veiculados no ano de 1960. A feminilidade, aqui, é pensada a partir de uma perspectiva que a desnaturaliza e evidencia a historicidade de sua construção. Aponto como os textos presentes nessa revista atuam como tecnologias produtoras de identidades gendradas, heteronormativas e racializadas. As revistas são pensadas como dispositivos que operam engendrando e hierarquizando os sujeitos. A feminilidade produzida pela revista constitui modos de subalternização em que a orientação sexual heterossexual, o casamento, a maternidade e o trabalho doméstico não remunerado são interpelações recorrentes.
The present article proposes an analysis of femininity performed in the magazine Jornal das Moças, in issues published in the year of 1960. Femininity is regarded from a perspective that desnaturalizes it and demonstrates the historicity of its construction. I point to how texts presented in the magazine work as technologies producing gendered, heteronormative and racialized identities. The magazines are thought of as devices that operate engendering and hierarchizing subjects. The femininity produced by the magazine constitutes ways of subalternizing in which heterossexual sexual orientation, marriage, motherhood and unpaid domestic work are recurring interpellations.