OBJETIVO: Analisar a incidência de hiperglicemia em pacientes críticos em uso de TNE.
MÉTODOS: Estudo do tipo observacional, longitudinal e prospectivo, com pacientes internados em duas unidades de terapia intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Goiânia, Goiás, Brasil. Avaliou-se a relação entre hiperglicemia e as seguintes variáveis: sexo, idade, diagnóstico de admissão, APACHE II, tempo de ventilação mecânica invasiva e de internação, desfecho clínico, índice de massa corporal (IMC), início de TNE, dias de uso de TNE exclusiva e percentual de adequação calórico-proteico. Para construção do banco de dados foi utilizado o programa Excel e, para análise estatística o programa STATA/SE versão 12.0.
RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 67 pacientes, sendo a maioria do sexo feminino e admitidos com infecção/sepse/choque séptico. A incidência de hiperglicemia foi de 19,40%. Aproximadamente 30% dos hiperglicêmicos eram idosos (p=0,04). A mediana do tempo de internação em UTI para pacientes hiperglicêmicos foi de 32 dias (14-38), sendo a diferença entre os grupos analisados estatisticamente significativa. Já a mediana do tempo de ventilação mecânica invasiva foi de 12 dias (9-17) (p=0,03). Quanto ao desfecho clínico, 24,24% dos pacientes hiperglicêmicos foram a óbito.
CONCLUSÃO: O controle glicêmico na unidade de terapia intensiva acrescenta mais uma faceta ao cuidado rotineiro desse complexo perfil de paciente, uma vez que vários estudos têm demonstrado que o controle glicêmico reduz a mortalidade nesse ambiente.
OBJECTIVE: To analyze the incidence of hyperglycemia in critically ill patients with ENT.
METHODS: Observational, longitudinal and prospective study with patients admitted to two intensive care units (ICU) of the Urgency Hospital of Goiânia, Goiás, Brazil. The relationship between hyperglycaemia and the following variables was studied: sex, age, admission diagnosis, APACHE II, time of invasive mechanical ventilation and hospitalization, clinical outcome, body mass index (BMI), beginning of ENT, days of use of exclusive ENT and percentage of caloric-protein adequacy. For the construction of the database the Excel program was used and, for statistical analysis, the program STATA / SE version 12.0.
RESULTS: A total of 67 patients were included in the study, the majority of them female and admitted with infection / sepsis / septic shock. The incidence of hyperglycemia was 19.40%. Approximately 30% of hyperglycaemic patients were elderly (p = 0.04). The median length of ICU stay for hyperglycemic patients was 32 days (14-38), and the difference between the groups was statistically significant. The median time for invasive mechanical ventilation was 12 days (9-17) (p = 0.03). Regarding the clinical outcome, 24.24% of hyperglycemic patients died.
CONCLUSION: Glycemic control in the intensive care unit adds one more facet to the routine care of this complex patient profile, since several studies have shown that glycemic control reduces mortality in this environment.