Este ensaio busca evidenciar que a trilogia de artigos “Panorama do cinema brasileiro: 1896/1966â€, “Pequeno Cinema Antigo†e “Cinema: trajetória no subdesenvolvimentoâ€, de Paulo EmÃlio Salles Gomes, fomentou na historiografia do cinema brasileiro uma valorização estética do Cinema Novo em detrimento de outros movimentos cinematográficos. Como exemplo desta hierarquização, escolhemos o caso da polarização entre os filmes da Companhia Cinematográfica Vera Cruz (profundamente desvalorizados) e os filmes do Cinema Novo (exaustivamente valorizados).