O artigo discute os principais movimentos históricos das relações internacionais do BRICS entre 2009 e 2019: o surgimento de narrativas sobre o sucesso e o fracasso do BRICS; a capacidade do BRICS de promover inovações na ordem global e a capacidade de resposta do BRICS a uma variedade de temas, o que reflete-se no conceito de “cooperação sob sensibilidade”. Novos nichos de diálogo produtivo (saúde, segurança, desenvolvimento) nas relações internacionais do BRICS criaram circunstâncias de interações sensíveis entre os países, causando controvérsia e rusgas diplomáticas que afetaram os laços bilaterais e multilaterais entre os países do BRICS. Metodologicamente, ele se baseia em múltiplas abordagens que combinam Análise Qualitativa de Conteúdo (QCA), Análise de Política Externa (APF), Pensamento Crítico e uma perspectiva histórica de relações internacionais, com base em forte empiria e uso de fontes primárias e secundárias - incluindo notícias, discurso das autoridades e telegramas oficiais do Itamaraty e os estudos científicos mais recentes sobre o BRICS.
This article discusses the main historical movements in BRICS international relations from 2009 to 2019: (1) the emergence of narratives about success and failure of the BRICS; (2) the capability of BRICS to promote innovations in the global order, and the responsiveness of BRICS to an array of themes under the umbrella of the concept of ‘cooperation under sensitivity’; (3) new productive dialogue niches (health, security, development) in BRICS international relations creating circumstances of sensitive interactions between the countries, causing controversy and diplomatic edges that affected bilateral and multilateral ties between BRICS countries. Methodologically, it draws from multiple approaches that combine Qualitative Content Analysis (QCA), Foreign Policy Analysis (FPA), Critical Thinking and a historical international relations perspective, based on an empirically strong foundation of primary and secondary sources – including news, speeches by leaders, official Brazilian Foreign Office (Itamaraty) telegrams, and the more recent scientific studies about the BRICS.
