HISTÓRIA DO CONCEITO DE HUMANITAS: DA MITOPOÉTICA A ALLEGORESIS ESTOICA

Síntese

Endereço:
Av. Dr. Cristiano Guimarães, 2127 - Planalto
Belo Horizonte / MG
31720300
Site: http://periodicos.faje.edu.br/index.php/Sintese
Telefone: (31) 3115-7054
ISSN: 2176-9389
Editor Chefe: Luiz Carlos Sureki
Início Publicação: 31/12/1973
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

HISTÓRIA DO CONCEITO DE HUMANITAS: DA MITOPOÉTICA A ALLEGORESIS ESTOICA

Ano: 2021 | Volume: 48 | Número: 152
Autores: Cleber Ranieri Ribas de Almeida
Autor Correspondente: Cleber Ranieri Ribas de Almeida | [email protected]

Palavras-chave: Humanitas. Humanismo. Círculo Cipiônico. Mos Maiorum. Estoicismo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo proponho-me reconstituir a trajetória etimológica, filológica e experiencial do conceito de humanitas desde sua origem estoica no Círculo Cipiônico até sua assimilação pela tradição imperial panegírica augustana. O propósito é compreender porque, desde a origem, tal conceito apresenta um núcleo semântico de significação inconstante, volátil e aberto. Tal indeterminação semântica, como tentarei provar, adveio do progressivo processo de degeneração das representações mitopoéticas do homem em favor de uma compreensão noética. Posteriormente, esta compreensão noética fora assimilada pelo gênio estoico-romano na forma de uma representação alegórica (allegoresis) cujo conteúdo semântico tornara-se meramente linguístico e autorreferente. Os símbolos da experiência foram assim reduzidos a meros jogos de linguagem. Nesta lógica, a compreensão do conceito de humanitas em sua origem depende menos de uma investigação acerca das evidências filológicas quanto ao uso da palavra nos textos canônicos e mais de uma investigação acerca das experiências que possibilitaram a formação de uma consciência da unidade simbólica da humanidade enquanto grandeza política de referência.