O presente trabalho busca fazer uma análise sobre as implicações das transformações trazidas pelo Período Imperial (1822-1889) nos grupos de índios habitantes da província da Bahia. Nas observações, toma-se como parâmetro a diferença entre dois tipos de índios. O primeiro a ser considerado é o chamado gentio, categoria que se refere aos grupos indígenas com pouco ou quase nenhum contato com a sociedade nacional. No caso da Bahia, essas populações se concentravam na região meridional, englobando a faixa que compreendia o curso dos rios Pardo, Jequitinhonha e Mucuri. A segunda classe de indígenas diz respeito àqueles que habitavam as chamadas comunidades ou povoados indígenas, núcleos com um histórico de contato e inserção com a sociedade não indígena que remontava décadas ou séculos.