Campinas comemorou seu bicentenário de fundação
em dois momentos: 1939 e 1974. A primeira ocasião
coincidiu com o Estado Novo e, a segunda, com a Ditadura
Militar. A defi nição da data ofi cial de fundação da cidade foi
objeto de uma polêmica entre jornalistas e estudiosos da
história local que ocupou as páginas dos jornais no inÃcio
dos anos de 1970, com repercussões nos debates na Câmara
Municipal e em todas as instituições voltadas para a preservação
da memória municipal. Essa escrita da história foi
realizada por estudiosos autodidatas e compõe um conjunto
de escritos com caracterÃsticas hÃbridas, nos quais gêneros
diversos se misturam. O objetivo deste estudo é reconstituir
esse debate e analisar as concepções de história implÃcitas
nele, bem como seu impacto na construção de uma identidade
municipal e as relações de poder nesse âmbito municipal.
Campinas commemorated its bicentennial of foundation
at two moments: 1939 and 1974. The fi rst occasion
coincided with the New State, and second with the Military
dictatorship. The defi nition of the offi cial date of foundation
of the city was object of a controversy between studious
journalists and of the local history that the pages of periodicals
of the years of 1970 with repercussions in the debates
in the City council and all had occupied at the beginning the institutions come back toward the preservation of the municipal
memory. This writing of history was carried through by
studious self-taughts person, and composes a set of writings
with hybrid characteristics, where diverse sorts if mix the
objective of the study are to reconstitute this debate and to
analyze the implicit conceptions of history in it, as well as its
impact in the construction of a municipal identity and the
relations of being able in this municipal scope