A pesquisa acadêmica sobre Homero está crescentemente inclinada a usar um modelo estematológico para explicar a relação do poeta com seus predecessores, sejam gregos ou não gregos: isto é, Homero aparentemente usou poemas escritos e fixos na maneira alusiva de CalÃmaco ou VirgÃlio. Todavia, à parte seus profundos problemas metodológicos, essa concepção da cultura poética grega não encontra paralelo ou apoio na recepção de Homero nos poetas lÃricos arcaicos gregos mais antigos: não há nestes uma boa evidência de uma cultura literária altamente alusiva até a metade do séc. VI a.C., na poesia de EstesÃcoro, cuja obra representa uma clara mudança no modo como os textos homéricos são conhecidos, recebidos e recriados. ‘Não há VirgÃlios’ na Grécia arcaica, e a concepção não tem lugar na história da literatura grega mais antiga.
Homeric scholarship is increasingly inclined to use a stemmatological model to explain the poet’s relationship to his forebears, whether Greek or non-Greek: that is, Homer apparently used written and fixed poems in the allusive manner of Callimachus or Virgil. However, aside from its profound methodological problems, this conception of Greek poetic culture finds no parallel or support in the reception of Homer in the early Greek lyric poets: there is no good evidence there for a highly allusive literary culture until the middle of the 6th century BC, in the poetry of Stesichorus, whose work represents a clear shift in the way Homer’s texts are known, received and recreated. ‘ There are no Virgils’ in Archaic Greece, and the conception has no place in the history of early Greek literature.