O artigo analisa a condição homossexual e as Paradas Gays à luz do conceitual bakhtiniano. Parte-se de um breve panorama sobre a situação dos homossexuais no mundo, na sociedade e na mídia, em que se verifica a negação de suas singularidades no constituinte jogo ontológico da alteridade. Em seguida, o artigo discute as Paradas Gays enquanto atos de enunciação coletiva e coloca em questão se seu tom festivo anula seu caráter de ato político. A partir do conceito de carnavalização em Bakhtin, conclui-se vir precisamente daí sua força libertária, libertadora e emancipadora.