Honestos, trabalhadores, desordeiros e viciados: os jogos discursivos sobre masculinidades nos processos criminais no Paraná dos anos 1950

Ano: 2013 | Volume: 13 | Número: 2

Autores: K. C. March

Palavras-chave: Gênero, Subjetividades, Masculinidades, Violência./ Gender, Subjectivities, Masculinities, Violence./ Género, Subjetividades, Masculinidades, Violencia.

Resumo Português:

A subjetividade é o conjunto de “práticas de si” vivenciadas pelos
sujeitos no seu constante fazer-se. Analisar o processo de subjetivação, a partir
das representações do feminino e do masculino, possibilita verificar os jogos que
atuam enquadrando e empurrando para a margem os indivíduos a partir desse
binômio e as formas de assujeitamento dos sujeitos a esses modelos. Masculinidades
e feminilidades engendram-se a partir de representações e operam na
especificidade da subjetividade de cada indivíduo ou grupo social. Analisamos
nesse artigo as forças construtoras das masculinidades, a partir da categoria analítica
de gênero. E, assim, buscamos compreender como se formavam as subjetividades
masculinas quando do encontro com a excepcionalidade da violência e
o poder da Justiça, na documentação produzida pelo sistema criminal nos anos
1950 no Paraná, tendo como fonte os processos criminais envolvendo violência
de gênero. Utilizamos uma metodologia que possibilita a construção dos perfis
dos envolvidos nessas relações de violência física e que auxilia na compreensão
dos processos de subjetivação observados nas falas construídas por esses sujeitos
históricos.

Resumo Inglês:

Subjectivity is the set of “practices of the self ” experienced by subjects
in their constant construction. Analyze the process of subjectivity, from the representations
of the feminine and the masculine, enables you to check the games
that work framing and pushing the margin individuals from this dual role and
forms of subjection of individuals to these models. Masculinities and feminini-
ties engender up from operating in specific representations and subjectivity of
each individual or social group. We analyze in this article the forces construction
of the masculinities, from the analytical category of gender. And so, we seek to
understand how masculine subjectivities formed when the meeting with the exceptionality
of violence and the Justice’s power, by the documentation produced
by the criminal justice system in 1950 in Paraná, source as having criminal cases
involving gender violence. We use a methodology that enables the construction
of profiles of those involved in these relationships of physical violence that assists
in understanding the subjective processes observed in lines constructed by
these historical subjects.

Resumo Espanhol:

La subjetividad es el conjunto de “prácticas de sí” vivenciadas por los
sujetos en su constante hacerse. Analizar el proceso de subjetivación, a partir de
las representaciones del femenino y del masculino, posibilita verificar los juegos
que actúan encuadrando y empujando para el margen los individuos a partir de
ese binomio y las formas de asujetamiento de los sujetos a eses modelos. Masculinidades
y feminidades se engendran a partir de representaciones y operan en
la especificidad de la subjetividad de cada individuo o grupo social. Analizamos
en ese artículo las fuerzas constructoras de las masculinidades, a partir de la
categoría analítica de género. Y, así, buscamos comprender como se formaban
las subjetividades masculinas cuando del encuentro con la excepcionalidad de
la violencia y el poder de la Justicia, en la documentación producida por el
sistema criminal en los años 1950 en Paraná, teniendo como fuente los procesos
criminales involucrando violencia de género. Utilizamos una metodología que
posibilita la construcción de los perfiles de los involucrados en eses relaciones de
violencia física y que auxilia en la comprensión de los procesos de subjetivación
observados en las hablas construidas por eses sujetos históricos.