Quando a filosofia consente em operar no âmbito da finitude humana, ela se situa em uma via que conduz a certa dificuldade de aceitar afirmações da existência e experiência de um Deus visto como sendo único e absoluto. A fenomenologia é tal filosofia e o cristianismo cultua tal Deus. Sem dúvida, esta dificuldade apenas repete o que pode nos ocorrer em forma de uma questão já no nível da vida quotidiana, ou o que os fenomenólogos chamam de “a atitude natural”. Como Deus se torna conhecido por mim, sem que Deus deixe de ser Deus ou eu deixe de ser a minha personalidade finita? De fato, a dificuldade filosófica é casual, já que ela aborda com um sofisticado instrumental conceptual o que de outro modo permanece para simples fieis apenas um enigma ou uma ferida. Que significa dizer que Deus nos aparece? E com que rigor poderíamos começar a determinar a natureza específica de tal afirmação? Do ponto de vista da fenomenologia esta é uma questão de horizontes.
When philosophy consents to working within the range of human finitude, it sets itself on a course toward some difficulty accepting claims for the existence and experience of the God who is said to be one and absolute. Phenomenology is such a philosophy, and Christianity worships such a God. Of course, this difficulty only repeats one that may occur to us in the form of a question already at the level of everyday life, or what the phenomenologists call ‘the natural attitude.’ How does God become known to me, without God ceasing to be God or me ceasing to be my finite self? In fact, the philosophical difficulty is fortuitous, since it brings a sophisticated conceptual reserve to bear on what might otherwise remain only a puzzle or a wound for ordinary believers. What does it mean to say that God appears to us? And by what rigor might we begin to determine the specific nature of such a claim? Phenomenologists propose that this is a question of horizons.