Trata-se aqui de demonstrar a utilização da obra heideggeriana no contexto do surgimento da inteligência artificial assim como encontra-se em Hubert L. Dreyfus. A crítica de Dreyfus se resume em apontar o cognitivismo - paradigma dominante dos primórdios da inteligência artificial - como a aplicação empírica do racionalismo filosófico, isto é, a abordagem cognitivista argumenta que a cognição humana pode ser reproduzida a partir da formalização de determinadas representações rigidamente fixadas que serviriam como fundamento para a efetivação de comportamento inteligente. Em vista disso, apresenta-se o anticartesianismo heideggeriano de Dreyfus como a antítese do cognitivismo.
It is demonstrated the use of heideggerian philosophy in the context of the arise of artificial intelligence as it is laid out on the work of Hubert L. Dreyfus. Dreyfus’ critique can be understood as the indicative of cognitivism - the dominant paradigm of the early days of A.I. - as the empirical application of rationalism, that is, the cognitivist approach argues that human cognition can be reproduced based on the formalization of rigid representations that serve as the fundament for intelligent behavior. Thus, it is presented the heideggerian anticartesianism of Dreyfus as the antithesis of cognitivism.