Fruto de investigações em torno da filosofia e da epistemologia da organização dos saberes, o trabalho discute o conceito de “homem” que é desenvolvido no debate contemporâneo e suas implicações no pensamento da Ciência da Informação. A análise toma como ponto de reflexão a dicotomia aparente colocada entre os domínios da Cultura & Educação e Ciência & Tecnologia. Para a reflexão filosófica, recorre-se às abordagens ocorrentes sobre a noção de “humanismo”, procurando atentar para a importância desta discussão no campo informacional. As principais vozes aqui trabalhadas são aquelas oriundas do pensamento dos filósofos Habermas, Heidegger e Lyotard. De cunho reflexivo, o texto realiza incursões na forma como estes pensadores abordaram a ideia de humano, que conduziria a uma filosofia própria, o humanismo. Nosso horizonte final é o pensamento de Habermas e sua caracterização do humanismo diante das transformações tecnológicas, no intuito de propor outras direções no debate ético sobre a constituição do “homem” na, da e para a Ciência da Informação. Para o empreendimento proposto, duas são as arenas filosóficas que merecem uma visitação obrigatória: a filosofia da natureza e a filosofia da tecnologia. O desgaste destas levaria, hoje, à filosofia da linguagem como guia para a construção do “humano” que se estabelece no pensamento em Ciência da Informação.
Result from investigations on philosophy and epistemology of knowledge’s organization, this paper debates the concept of “man” developed on the contemporaneous debate and its implications on thethought of Information Science. The analysis takes as a reflection point the division placed between the dominion of Culture & Education and Science & Technology. For the philosophical reflection, the currently approaches on the notion of “humanism” will be used attempting for the importance of this discution on the informational field. The main voices analyzed here are those from the thoughts of Habermas, Heidegger and Lyotard. The text, reflexive in character, investigates the way how these philosophers approached the idea of human, which would lead to an autonomous philosophy, the humanism. Our final horizon is the thoughtof Habermas and his characterization of the humanism towards tecnology transformations on the intention of proposing other directions on the ethical debate concerning the constitution of “man” on, from and for the Information Science. For the sugested enterprise, two philosophical arenas deserve an obligatory visit: philosophy of nature and philosophy of tecnology. Their erosion would lead, today, to the philosophy of the language as a guide to the construction of the “human” settled on the thought of Infomation Science.