Em A idade do serrote (1968), o poeta Murilo Mendes acopla poesia e prosa para engendrar um texto fragmentário, labiríntico e multiforme, no qual desvela-se a analogia entre o funcionamento do aparelho mnemônico e a máquina hipertextual. Enquanto rizoma textual, a escrita da memória se caracteriza pelos links e enlaces que realizam o trânsito entre espaços, tempos e personae virtuais.