A ideia de Deus em Rousseau

Revista Sísifo

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Editor Chefe: Yves São Paulo e Marcelo Vinicius
Início Publicação: 31/12/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

A ideia de Deus em Rousseau

Ano: 2015 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: A, C, F, Silva
Autor Correspondente: Yves São Paulo e Marcelo Vinicius | [email protected]

Palavras-chave: Rousseau, Deus, Vida, Fé, Religião

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No início do quarto livro do Emílio, Rousseau faz uma alusão ao modo como vivemos e a forma como aproveitamos nossa vida. Para Rousseau, não conseguimos aproveitar como deveríamos nossas vidas, pois ficamos perdidos sem saber o que fazer. Por isso, ela parece ser tão curta, pois sempre estamos a nos queixar das oportunidades que deixamos passar, as oportunidades que desperdiçamos. Isto causa um grande impacto em nossas mentalidades à medida que o tempo passa, pois vamos descobrindo o quanto poderíamos ou não ter realizado determinadas atividades.

Ao referir-se ao modo como vivemos, ao modo como aproveitamos a vida, ao modo como desfrutamos da vida na terra Rousseau nos remete a idéia de que há uma possibilidade de termos uma nova experiência de existência num momento posterior ao terreno. Sabe-se que Rousseau nasceu numa família de raízes protestantes. Quando adolescente ainda, sonha em ser ministro evangélico, vontade a qual não pode ser realizada, pois não possuía recursos financeiros para os estudos necessários para tal intento. Desfrutando de poucos recursos, e de um sentimento de inferioridade decorrente da pobreza, resolve procurar o cura de Confignon, Senhor de Pontverre, que tratava de reconduzir ao seio da igreja católica os jovens calvinistas de Genebra, para poder assim, resolver seus problemas materiais. A partir daí é conduzido à senhora de Warens, com a qual obterá um apoio material e formativo. Constata-se desta forma, a relação de Rousseau, nos primeiros anos de sua vida com o espírito do cristianismo. Primeiro com o protestantismo calvinista e depois com o catolicismo. A presença do sagrado, de Deus é evidente. No percurso, do seu livro o Emílio várias passagens evidenciam isto.