Identidade de Gênero Percursos De Resistência No Trabalho Tido Como Masculino

Tríade:

Endereço:
Rodovia Raposo Tavares, km 92,5 - Vila Artura
Sorocaba / SP
18023-000
Site: http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php/triade/index
Telefone: (15) 2101-7008
ISSN: 2318-5694
Editor Chefe: Profa. Dra. Luciana Coutinho Pagliarini Souza
Início Publicação: 04/06/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Comunicação

Identidade de Gênero Percursos De Resistência No Trabalho Tido Como Masculino

Ano: 2017 | Volume: 5 | Número: 10
Autores: J. Salvagni, M. V. Veronese, M. Guerin
Autor Correspondente: J. Salvagni | [email protected]

Palavras-chave: Gênero. Trabalho. Identidade. Performance de gênero. Poder.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo põe-se a pensar como o corpo e o gênero no trabalho podem impulsionar transgressões por meio das performances. O gênero é entendido como categoria social central para a formação identitária, assim, a identidade de gênero diz respeito às simbologias e espaços que são referentes ao sexo biológico, tendo no corpo um papel de marcação das atribuições normativas. O corpo se torna uma extensão do gênero e é pensado como um constructo individual, coletivo e social, diretamente relacionado em seu sentido biológico e material. A relação entre corpo e gênero é central na análise das performances e das vivências das mulheres trabalhadoras, já que descortina importantes relações de poder e dominação. Esta pesquisa qualitativa de estudo de casos múltiplos, coletou entrevistas individuais e utilizou-se a análise de discurso como método de produção de sentidos, enfatizando uma abordagem de cunho semântico. Resultados indicam que as mulheres costumam representar o que elas mesmas chamam de ‘personagem masculino’, o que compreende uma gama de comportamentos e expressões vinculadas ao universo simbólico do homem, que vão desde a roupa usada no horário de trabalho, até a forma de abordar determinados assuntos. Assim, elas propositalmente encenam outra forma de se relacionar com aquele espaço de trabalho em uma busca de aceitação, rompendo o estigma de que a mulher é frágil e incapaz.



Resumo Inglês:

Gender identity: lines of resistance within male-envisaged work. This article proposes to think how the body and the gender in the work ambiance can impel transgressions through the performances. Gender is understood as a central social category for the formation of identity; thus, gender identity refers to the symbologies and spaces that refer to biological sex, having in the body a role of marking normative attributions. The body becomes an extension of the genus and is thought of as an individual, collective and social construct, directly related in its biological and material sense. The relationship between body and gender is central in the analysis of the performances and experiences of working women, since it reveals important relations of power and domination. This qualitative research of multiple study cases, collected individual interviews and used discourse analysis as a method of meaning production emphasizing a semantic approach. Results indicate that women usually represent what they themselves call a ‘male character’, which comprises a range of behaviors and expressions linked to the symbolic universe of man, ranging from the clothing used in working hours, to the way of approaching certain subjects. Thus, they purposely enact another way of relating to that working space in a search for acceptance, breaking the stigma that the woman is fragile and incapable.