A questão da identidade ganhou importância redobrada nas últimas décadas. Nos anos 60, testemunhamos lutas identitárias cada vez mais prementes – lutas pelos direitos civis dos negros e ascensão, de um modo geral, do movimento negro, uma “nova onda†de movimentos feministas, lutas anticolonialistas, movimento gay, questões multiculturais. Essas discussões não cessaram de se renovar nas décadas posteriores. Em todos os casos citados, falamos de questões muito concretas que ensejaram lutas polÃticas, eventualmente embasaram discussões em torno de polÃticas públicas e, ao mesmo tempo, promoveram reações contrárias que buscavam desqualificar os movimentos. Para estas últimas, com diversos argumentos e intenções. Acompanhamos, por exemplo, reações racistas, sexistas e homofóbicas. Acompanhamos, também, reações anti-imigração, eventualmente em nome de uma “identidade nacionalâ€, o recrudescimento de movimentos religiosos e/ou nacionalistas e certa reação “ocidental†a esses movimentos.