Identidade e fronteiras do espiritismo na obra de Allan Kardec

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Editor Chefe: Antonio Geraldo Cantarela/Rodrigo Coppe Caldeira
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Teologia

Identidade e fronteiras do espiritismo na obra de Allan Kardec

Ano: 2010 | Volume: 8 | Número: 16
Autores: Augusto César Dias de Araujo
Autor Correspondente: Augusto César Dias de Araujo | [email protected]

Palavras-chave: espiritismo, ciência, filosofia, religião, fronteiras

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo é uma reflexão sobre o processo de formação identitária do espiritismo a partir da
análise de seu discurso fundador presente na obra de Allan Kardec (1804-1869). Para cumprir esse
objetivo, trabalhar-se-á com a hipótese de que tal processo acontece a partir de uma peculiar
interação do espiritismo com três instâncias de conhecimento: a ciência, a filosofia e a religião.
Através da análise do exemplo específico de como o espiritismo interpreta elementos da tradição
cristã-católica, dando-lhes um significado renovado, pretende-se demonstrar que, nesse jogo, o
conceito de espiritismo se configura como um conceito híbrido, de caráter polissêmico, o qual
aponta para o fato de que a nova doutrina e o movimento articulado em seu entorno nascem sob o
signo da mediação. Tais reflexões indicariam que, ao fazerem referência à obra de Kardec como
núcleo imaginário de identificação doutrinária, grupos das diversas tendências dentro do
espiritismo contemporâneo podem encontrar relativas zonas de conforto para seu progressivo
desenvolvimento.



Resumo Inglês:

This paper is a reflection about the identity formation process of spiritism from analysis of its
founding speech present in Allan Kardec’s work (1804-1869). To fulfill this aim, one will work
with the hypothesis of that such process happens from a peculiar interaction of the spiritism with
three instances of knowledge: the science, the philosophy and the religion. Through the analysis of
the specific example of as the spiritism interprets elements of the Christian-catholic tradition,
giving to them one renewed meaning, is intended to demonstrate that, in this game, the spiritism
concept configures as a hybrid concept, of polissemic character, which points with respect to the
fact of that the new doctrine and the movement articulated in its around are born under the sign of
the mediation. Such reflections would indicate that, when making reference to the Kardec’s work
as imaginary nucleus of doctrinal identification, groups of the diverse trends inside of the
contemporary spiritism can find relative zones of comfort for its gradual development.