Introdução: Os pacientes do Centro de Terapia Intensiva (CTI), geralmente, possuem comorbidades, politerapia e tempo de internação prolongado, motivos pelos quais necessitam da assistência de equipe multiprofissional. Nesse cenário, o farmacêutico intensivista se destaca como profissional capacitado para identificar problemas relacionados à terapia medicamentosa por meio da análise de prescrições e acompanhamento farmacoterapêutico. Objetivos: O presente estudo buscou identificar e classificar possíveis interações medicamentosas (IM) em pacientes hospitalizados no CTI de um hospital privado em Belém-PA, no período de janeiro a março de 2018. Métodos: Foram analisados prontuários clínicos de 45 pacientes hospitalizados. Para a identificação e classificação das IM, foi utilizada a base de dados Micromedex®. Resultados e discussão: Todos os pacientes possuíam mais de 60 anos, 51% eram do sexo masculino e 49% do sexo feminino. Foram analisadas 2.464 prescrições e identificadas 1.796 potenciais IM que foram classificadas como: 6,99% contraindicadas, 60,37% maior, 28,67% moderada, 3,50% menor e 0,47% desconhecida. A documentação referente às IM também foi classificada conforme a base de dados como 8,16% excelente, 69,23% regular, 22,14% boa e 0,47% desconhecida. Dentre os 45 prontuários, apenas 1 não apresentou IM. Conclusões: Os resultados obtidos neste estudo auxiliam na avaliação das prescrições médicas de CTI, ressaltando a importância do farmacêutico intensivista a fim de contribuir com a equipe multiprofissional, visando reduzir os riscos provenientes da terapia medicamentosa e otimizar os resultados desejados.
Introduction: Patients at the Intensive Care Center (ICU) usually have comorbidities, polytherapies, and prolonged hospital stay, reasons why they need a multidisiplinary team assistance. In this scenario, pharmacist is a qualified professional to identify problems related to drug therapy by prescriptions and pharmacotherapeutic monitoring analysis. Aims: The present study aimed identify and classify possible drug interactions (DI) in patients hospitalized at an Intensive Care Center (ICU) of a private hospital in Belém-PA, from January to March 2018. Methods: 45 hospitalized patients were analysed using Micromedex® database for identification and classification of IM. Results and discussion: All patients were over 60 years old, 51% were male and 49% female. 2,464 prescriptions were analyzed and identified 1,796 potential DI, which were classified as: 6.99% contraindicated, 60.37% higher, 28.67% moderate, 3.50% lower and 0.47% unknown. DI documentation was also defined, according the database, as 8.16% excellent, 69.23% regular, 22.14% good, and 0.47% unknown. Among the 45 medical records, only one did not display DI. Conclusions: Results have assisted the evaluation of medical prescriptions from ICU, emphasizing the importance of pharmacists in intensive care in a multiprofessional team aiming to reduce risks of pharmacotherapy and optimizes expected results.