Partindo do pressuposto de que a arte testemunha o espírito de um tempo, o artigo faz uma breve exposição dos conceitos de identificação e imagem, articulando-os ao episódio Urso Branco (2013), do aclamado seriado Black Mirror e exibido no Projeto de Extensão Cine Freud, Cultura e Arte em 2017.1. A metodologia ordenou-se pela análise do episódio, pelos elementos focalizados no debate e pela pesquisa bibliográfica. A hipótese levantada é a de que o episódio expõe o apelo à imagem presente no atual funcionamento social. Deste apelo, falamos de seus desdobramentos e daquilo que nos remete à lógica de funcionamento do mito. Observamos que a crítica debordiana em torno da noção do "histórico" pode articular-se a aspectos da proposição ética da psicanálise em sua relação com a emergência do sujeito. O sujeito, aqui, situa-se numa zona de ruptura frente à lógica especular, apontando para o caráter irredutível da alteridade
Based on the assumption that art testimonies the spirit of a time, this article exposes briefly the concepts of identification and image, both articulated to the episode White Bear (2013), of the acclaimed series Black Mirror, exhibited as part of the Extension Project Cine Freud, Cultura e Arte in 2017.1. The methodology was organized by the episode analysis, by the elements focused on the debate, and by bibliographic research. The hypothesis raised along is that the episode exposes the appeal to the image in the current social functioning. Appeal that was discussed to its unfolding and to what sent us to the logic of the functioning of a myth. It was noticed that the debordian critique around the notion of "historical" could be articulated to aspects of psychoanalysis ethical proposition in its relation to the emergence of the subject. The subject itself, here, is situated at the rupture zone face the specular logic, pointing to the irreducible character of the alterity.