Identificação e luto: a humanização e a sobrevivência dos migrantes e refugiados
Revista Conjuntura Austral
Identificação e luto: a humanização e a sobrevivência dos migrantes e refugiados
Autor Correspondente: A. Zugliani | [email protected]
Palavras-chave: migrants, mourning, bare life.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Em um contexto de políticas de fortalecimento de controle de fronteiras cada vez mais intensas, este artigo
analisa como o processo de identificação dos corpos de migrantes e refugiados, trabalho reivindicado por
iniciativas humanitárias em contato familiares, movidos pela empatia e na busca pela possibilidade de luto,
pode ter dois resultados: permitir a humanidade a vidas que eram nuas e proporcionar a sobrevivência. Assim,
tenta-se resistir ao esquecimento e à não-identificação desses corpos, entendidos como vidas nuas pelo
Estado e não passíveis de luto. Sugere-se que ambos são instrumentos de manutenção dos refugiados na
consciência coletiva e pavimentam o caminho para políticas mais humanas.
Palavras-chave: migrantes; luto; vidas nuas.
Resumo Inglês:
In a context of increasingly intensification of border control policies, this article analyzes how the process of
identifying the bodies of migrants and refugees, work claimed by humanitarian initiatives in direct contact
with families, driven by empathy and the search for the possibility of mourning, can have two outcomes:
allowing humanity to lives that were naked and providing survival. Thus, one tries to resist the oblivion and
non-identification of these bodies, understood as naked lives by the state and not subject to mourning. It is
suggested that both are instruments for the maintenance of refugees in the collective conscience and pave
the way for more humane policies.