O presente estudo realizou a fotogrametria de mandíbulas pertencentes à coleção osteológica do Centro de Estudos em Antropologia Forense da Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco (CEAF/FOP/UPE), com o intuito de verificar sua aplicabilidade para a diagnose sexual. Foram examinadas 100 mandíbulas de esqueletos com idades acima dos 20 anos, de ambos os sexos, com as regiões de ramo e côndilo mandibulares íntegras. Foram obtidas imagens fotográficas, seguidas do processamento geração de malhas 3D, através do software e medição virtual de cada peça, assim também como as mensurações do ramo e do côndilo das mandíbulas de forma fisica, para comparação com o método digital. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e exploratória e comparados com as medidas manuais das peças ósseas, obtendo-se uma semelhança significativa entre as variáveis: MnRB-D, MnRB-E, MxRB-D, MxRB-E, CC-D, CC-E, LC-D, LC-E, com desvio-padrão entre 1,2 e 4,0mm e média geral com variância entre 0,1 e 0,9mm. A técnica de fotogrametria de mandíbulas, e sua consequente medição, podem complementar a perícia de identificação humana, na investigação da diagnose sexual, obtendo uma acurácia de 68.9% para o modelo manual e 72,4% para o virtual, através de script de regressão logística.