No presente artigo, trabalha-se essencialmente a tematização da identidade nacional, a partir da historiografia, que nos possibilitou compreender como é possível contar a história sob múltiplos olhares. Em outras palavras, pode-se recontar a história, já que esta não se encontra fixa no tempo, imutável e acabada. Mesmo um fato distante pode ganhar um novo significado, ainda que com os limites que lhe são intrínsecos. Buscou-se, também, enfatizar o pensamento político tradicional, considerado como aquele formado, especialmente, pelos autores dos anos 1930. Nesses, foi possível apontar a influência do pensamento weberiano. Posteriormente, apresentam-se as críticas dos autores contemporâneos que proporcionaram uma revisão do modo como o brasileiro sempre se compreendeu. Enfim, este artigo almejou contribuir para a questão democrática, já que, dependendo do modo como o povo conta sua história, influencia, decisivamente, na assunção de responsabilidade quanto a seu destino público.